A cultura de um povo é seu melhor cartão de visitas, por um motivo simples: quem não é visto, não é lembrado.
ATENÇÃO: Em respeito às leis eleitorais, a agência de fomento cultural, La Fourmi Cultural, não realizou publicações de cunho político, partidário ou eleitoral, durante todo o período do pleito. Esse artigo não possui viés político-partidário, se trata de mais uma das diversas leituras de cenário que a La Fourmi e sua empresa mãe, benV 360, têm publicado desde suas respectivas fundações. Artigos esses escritos sob a luz das análises que realizam rotineiramente para diagnóstico de mercado e aprimoramento das técnicas de análise e dos serviços prestados.
A cultura, tão rigorosamente atacada e desprestigiada, especialmente no último quadriênio, é na verdade o que poderíamos resumir como a personalidade de um povo. Todos os povos possuem sua cultura, que é o conjunto desses costumes, práticas e representações das suas mais variadas expressões artísticas. Um povo que não respeita, não promove e não consome sua própria cultura, é um povo sem raízes e sem representação frente ao mundo.
De uma forma mais grosseira, podemos considerar que a cultura é o “branding”, ou “Gestão de Marca” de um país. São esses pontos que definirão como o Brasil será visto no cenário internacional. SE respeitarmos e valorizarmos nossa cultura, o mundo reconhecerá e se atrairá pelo que temos a oferecer. Por outro lado, se nada for feito, continuaremos nesse lugar de desprestígio internacional, um país que resume suas relações com o mundo, através do simples fornecimento de ração.
Historicamente o Brasil soube aproveitar e explorar suas belezas naturais para se promover internacionalmente. A biodiversidade brasileira também é famosa no mundo. Talvez as pessoas de fora não saibam especificar espécies da nossa fauna e flora, chegando a termos representações absurdas do Rio de Janeiro com animais selvagens soltos na rua, como em um episódio do seriado "Os Simpsons", mas genericamente sabem da diversidade de biomas que o Brasil possui e veem o Brasil como um grande reservatório natural.
Bossa Nova, carnaval e futebol, também já foram outros atributos da nossa cultura utilizados para construir nossa fama internacional e atrair turistas. Mas, da mesma forma que as características boas, as partes ruins como a conturbação política, violência e até exploração sexual e trabalho escravo, também chegam ao conhecimento das comunidades internacionais e afugentam turistas, investimentos e outros tipos de relações comerciais e diplomáticas.
Quando o assunto é cultura, o Brasil que outrora foi conhecido como um dos primeiros países do mundo a produzir cinema e ficou muito conhecido por revelar ao mundo grandes expoentes de todas as artes, - desde a arquitetura de Niemeyer, à música de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, interpretados e globalizados por Frank Sinatra -, ficou para traz nos últimos anos com o descaso que essa importante ferramenta de promoção internacional e complemento educacional, sofreu.
São pelo menos 6 anos de atraso em relação a países como Espanha, Turquia, Coréia do Sul, Dinamarca, Suécia e Alemanha, que viram na ascensão dos streamings e plataformas de vídeo por demanda, a chance de ouro de divulgar sua cultura, seus pontos turísticos, sua história, suas empresas, culinária, hábitos e versões de acontecimentos históricos. Enquanto isso, a cultura deixou de receber investimentos e incentivos, se tornando tecnicamente obsoleta e tendo grandes dificuldades para competir no cenário internacional. Um presente impensável para o país como o Brasil, que quase conquistou um Oscar com Central do Brasil (Walter Salles, 1998) e produziu Cidade de Deus (Kátia Lund e Fernando Meirelles, 2002), o 2º filme mais assistido do mundo, em língua não-inglesa.
A indústria criativa é uma das indústrias com maior potencial gerador de empregos, além de ser um produto de exportação valioso que pode vir a ajudar o país, não apenas a atrair turistas e construir uma reputação mais positiva, mas, também, pode pesar positivamente na balança comercial com a exportação de conteúdo audiovisual para o cinema, que movimenta, anualmente, mais de 20 bilhões de dólares.
Para esse objetivo, o governo Lula deve aumentar significativamente os investimentos no setor, além de criar estímulos para que as empresas apoiem mais a iniciativa cultural, até porque, o Brasil é um dos “lanterninhas” quando o assunto é investimento privado na cultura, ou na mídia cultural para a promoção de seus produtos e serviços. Enquanto no mundo a estratégia cultural é consolidada e imprime vantagem às empresas desses países.
Com o cenário atual, de pouco investimento e apoio, é impossível que uma empresa brasileira seja competitiva internacionalmente. Enquanto Boeing, Harvard, Apple, Coca-Cola, Starbucks, Amazon, Nike, Citibank, Crocs etc. Aparecem interagindo com protagonistas de grandes produções e fazem seu público desejar seus produtos e simpatizarem com aquelas marcas de uma forma natural e não invasiva, Embraer, FGV, Positivo, Guaraná Antártica, Frans Café, Magazine Luiza, Olympikus, Itaú e Alpargatas, são praticamente desconhecidos do mundo, apesar de serem ou terem sido, grandes competidores do mercado nacional.
O Brasil estacionou no tempo e segue voltando praticamente a totalidade de seus recursos para mídias tradicionais, não interativas, ou na estratégia de repetição exaustiva de exibição da internet. Estratégias que, obviamente, são capazes de gerar consumo e resultados internos, mas são insuficientes para uma internacionalização eficiente ou presença permanente da marca, simplesmente porque, diferente da mídia cultural, a exibição de marca acaba, assim que acaba o orçamento. No cinema, as marcas se eternizam, Fedex nunca deixará de ser exibida em o Náufrago, a custo zero, isso para citar apenas um dos milhares de exemplos existentes.
O Brasil precisa exportar suas marcas e, por isso, a cultura deve ser um dos vetores mais importantes para dar alcance a essas empresas. No mundo inteiro, marcas de alcance nacional e internacional recorrem às mídias culturais, principalmente nos cinemas, para exibir seus produtos e serviços.
A estratégia mundialmente conhecida como Product Placement, recebe de 3 a 5 % dos fundos de publicidade das empresas (sem contar os incentivos fiscais), em países como Turquia, Espanha, França, Alemanha, Suécia, Dinamarca, Coréia e EUA, enquanto isso, o Brasil come poeira com um investimento muito inferior, estimado em cerca de 0,1%, segundo o estudo do Cenp-Meio sobre 2021.
Com a chegada de um novo governo que sinaliza entender a importância da cultura para a expressão nacional e internacional de um povo, as empresas devem se sentir mais seguras para investir em mídias culturais, Product Placement (colocação/exibição de produtos) e tudo relacionado à arte, educação e cultura, trocando uma mínima parte das inserções comerciais interruptivas, por uma estratégia de influência direta, menos invasiva e que impacte o público durante seu momento de foco e imersão na cena, ou, com ações ainda mais interativas em eventos ao vivo, recepção de espetáculos etc.
A La Fourmi está pronta, atuante desde 2021, para atender essa demanda crescente e ajudar as marcas a aderirem à estratégia cultural, a estratégia que revoluciona a presença de marca e acentua o marketing de comportamento. Conte com nosso formigueiro!
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